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Thomas Lá, Dá Cá

Magneto e a busca pela Justiça Social

Certa vez li alguém compartilhando uma frase que achei muito boa. Era mais ou menos assim:

“O camarada lê X-men e, anos depois, agride minorias. Não entendeu nada!”

Achei esse pensamento excelente, pois adoro os quadrinhos, desenhos e filmes, e tenho certeza que as histórias do Stan Lee e Chris Claremont me ajudaram a virar um adulto mais mente aberta e tolerante.

O curioso, no entanto, é que vejo muita gente parando por aí e absorvendo apenas essa camada mais superficial da mensagem. Acho que vale a pena mergulhar um pouco mais na obra e pensar nisso também:

“O camarada lê X-men e, para defender minorias, abraça o extremismo no ataque aos preconceituosos. Não entendeu nada!”

Ora, quem, nas páginas de X-men, representa a posição violenta das minorias oprimidas? Exatamente, Magneto, o principal VILÃO da série!

Ao refutar a ideologia de seu amigo Xavier, Erik sai da saudável mentalidade “mutante e orgulhoso” e entra em uma jornada de ódio, chegando ao ponto de criar uma irmandade para liderar uma ofensiva contra seus opressores. No processo, se torna tão errado quanto aqueles que pretendia combater.

Não é nada difícil traçar analogias entre a tragédia de Magneto e situações que vemos diariamente no mundo real.

Muitas vezes vemos pessoas boas, com as melhores das intenções, formando grupos e tentando ser vocais na defesa dos interesses das vítimas de preconceito. É preciso, sempre, tomar o cuidado de não cruzar a linha que separa as vítimas dos reais vilões.

E seguir os ensinamentos de Xavier para, pacificamente, liderar pelo exemplo. Deixem o ódio para os idiotas.

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