Para quem está acostumado com jogos de sobrevivência, é comum querer encontrar um lugar seguro para estabelecer seu acampamento e então sair pela natureza afora para coletar recursos, comidas e itens importantes para garantir o bem estar do seu personagem. Os primeiros minutos com The Flame in the Flood mostram que isso é impossível e te deixam ainda mais vulnerável do que o normal.
Em vez de ficar em um lugar fixo, você precisa viajar constantemente com sua jangada, já que o mundo foi tomado por uma inundação desastrosa. Com isso, só dá para parar em pequenas ilhas no meio do caminho, cada uma com suas vantagens e perigos. Nosso grande objetivo é tentar encontrar uma torre de rádio após descobrir uma transmissão que precisa de um sinal mais forte.
Enquanto isso, nossa única escolha neste mundo desolado é se nosso fiel companheiro canino será um macho ou fêmea, até porque ele é o único aspecto constante nesta jornada. Se nosso personagem morre, não o que fazer e você perde praticamente tudo o que havia coletado. Nesses casos, o cachorro é quem pega sua jangada e leva para o novo sobrevivente que controlaremos. Isso se mostra especialmente útil considerando que os poucos recursos armazenados na mochila do animal podem ser utilizados novamente.
Ainda assim, a punição de ter o seu personagem morto é suficientemente pesada para que você faça o possível para sobreviver. Cada ação passa a ser pensada com bastante consideração, mas é esperado que você morra diversas vezes enquanto está aprendendo as mecânicas principais de The Flame in the Flood. Felizmente, o game é bem justo e você realmente sente que cada morte é apenas culpa sua, seja por não navegar com cuidado ou por negligenciar suas necessidades.
Como mencionamos, você só tem como seguir em frente enquanto faz paradas em algumas ilhas espalhadas aleatoriamente. Isso aumenta o desafio e faz cada jornada ser bem diferente uma da outra, o que também te incentiva a jogar mais vezes. É claro que cada experiência te deixa mais esperto e ágil na hora de tomar decisões, algo obviamente necessário para chegar cada vez mais longe em suas aventuras.
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Desta forma, você já tem noção de que materiais são importantes, de como caçar, cozinhar e até como fazer armas, ferramentas e roupas mais quentes. Além disso, fica mais simples de saber quando é necessário se esconder em uma abrigo ou quando é melhor fugir de animais selvagens em vez de tentar enfrentá-los.
Outro aspecto que não podemos deixar de mencionar é o estilo artístico escolhido para The Flame in the Flood, que é absolutamente lindo e dá um charme especial para o game. Ele também consegue ser bem distinto do que vemos em outros jogos de sobrevivência, como The Long Dark e Don’t Starve, por exemplo.
Em pouco tempo você também notará a trilha sonora incrível do game. Essa junção é parte do que torna suas viagens de jangada ainda mais emocionantes e imersivas de certa forma.
Vale a pena falar que o jogo foi lançado originalmente no início de 2016 e estava disponível no PlayStation 4, Xbox One e PC até agora. Felizmente, o pessoal da Molasses Flood e da Curve Digital perceberam o potencial do Switch e lançaram uma versão para o console da Nintendo recentemente.
Como a maioria dos jogos indies disponíveis no Switch, The Flame in the Flood é outro que se destaca por ter um estilo perfeito para ser jogado em um portátil. É fácil de passar horas com ele no modo infinito (no qual você continua com o mesmo personagem e seus recursos mesmo quando morre) ou de só aproveitar algumas partidas curtas para se distrair. De qualquer forma, garantimos que este é o game perfeito para quem gosta de um bom desafio, mecânicas mais realistas de sobrevivência e uma músicas cativantes para te acompanhar.
The Flame in the Flood – Nota: 4/5
Desenvolvedora: The Molasses Flood
Publisher: Curve Digital
Plataformas: PC, Switch, PS4 e Xbox One
Plataforma utilizada: Nintendo Switch
Produto cedido para análise: Sim