Parecia que 2018 já tinha dado tudo que tinha para dar em termos de anime mas, em pleno 10 de dezembro, eis que Santia Sho teve sua estreia mundial, fazendo elevar o cosmo nos corações dos fãs de Cavaleiros do Zodíaco. O primeiro episódio já está disponível para streaming no catálogo da Crunchyroll nacional.
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Depois dos controversos (para usar um eufemismo gentil) Omega e Soul of Gold, e em meio às recentes polêmicas envolvendo a adaptação da Netflix, série que trará Shun como uma mulher, Saintia Sho chega em um momento bem intenso e repleto de questionamentos para a franquia.
Adaptando o mangá de Chimaki Kuori, o primeiro episódio nos apresenta às irmãs Shoko e Kyoko, ameaçadas desde a infância por um destino terrível ao serem transportadas magicamente para o Éden Maligno. Velha conhecida dos fãs de longa data, a Deusa Éris está buscando uma hospedeira humana, e obviamente a protagonista Shoko entra em seu radar. Ao longo dos 20 e poucos minutos da estreia, vemos como Kyoko deseja proteger sua irmã mais nova desde o princípio, dedicando-se a ficar mais forte para salvá-la do mal.
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Depois de um breve prólogo, damos um salto no tempo e encontramos Shoko já adolescente, frequentando a escolinha, vivendo momentos divertidos com seu pai e esperando pelo retorno de sua irmã desaparecida. Convenientemente, Shoko estuda na mesma escola que Saori Kido, escola esta que é atacada por criaturas das treva que mais parecem ter sido invocadas pela Rainha Beryl de Sailor Moon em termos de estética.
A partir de então começa aquele mar de clichês e convenções de Cavaleiros, com resgates de última hora, vilões com frases de efeito e aquelas mesmas animações de luta a que nos acostumamos, o que pode ser um mérito ou um defeito, dependendo da sua nostalgia, cansaço ou desgaste com a fórmula.
O verdadeiro problema é que o traço, que tenta emular o anime clássico, é muito pobre, e a animação é mais um produto de qualidade questionável da Toei. Não chega a ser um desastre mas, infelizmente, desde o capítulo Hades: Santuário Cavaleiros não conta com um traço e animação mais caprichados.

Também é preciso fazer vista grossa para algumas explicações corridas e convenientes ao extremo para tapar buracos no cânone (aquele típico papinho de “nossa existência precisa ser mantida em segredo”, para justificar o fato de que as Saintias nunca foram citadas na franquia até agora). O primeiro episódio é ok, não brilha nem irrita demais. Suas personagens não conseguem ser bem trabalhadas e ninguém parece particularmente interessante, um problema atrapalhado pela animação pobre.
Ainda assim, os elementos mitológicos e algumas aparições de rostos conhecidos devem animar os fãs. Mesmo na mais cética das análise, ao menos esta estreia conseguiu ser mais divertida que a tediosa Soul of Gold. Vamos esperar para ver o que vem por aí nas próximas semanas. Toda segunda-feira um novo episódio irá ao ar na Crunchyroll brasileira.