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Sonic Mania é um merecido recomeço para o herói

Na saga Ponto de Ignição, o Flash viaja no tempo até uma nova linha temporal onde nada é como conhecemos: alguns heróis e vilões mudaram de papel, certos eventos nunca aconteceram, e outros tantos rolaram de forma diferente. De certa forma, Sonic Mania representa a mesma coisa para o mascote da SEGA. Como o herói da DC, o velocista azulado subitamente acorda em uma realidade diferente da que conhecia.

Uma realidade onde desastres como Sonic 2006, Sonic Boom ou Sonic and the Black Knight nunca foram lançados. Uma realidade desprovida de coadjuvantes sem carisma. Um mundo no qual a SEGA ainda é a maior rival da Nintendo, e Sonic um dos mascotes mais respeitados da indústria.

Assista também o vídeo review de Sonic Mania

Sonic Mania: nostálgico, mas atual

O mais legal é que, embora o visual de Sonic Mania remeta diretamente aos tempos dos 16 bits, justamente a era mais gloriosa do personagem, em nenhum momento a aventura parece limitada à nostalgia, presa ao passado ou com ar de mero jogo retrô. Isso logo fica evidente tanto no departamento gráfico, que ostenta animações bem mais fluídas do que o Mega Drive poderia sonhar em ser capaz de realizar, como principalmente na jogabilidade. Afinal, praticamente todas as fases de Sonic Mania apresentam um ou dois recursos inéditos na série, mesmo quando o ouriço está visitando mapas já vistos em outros games.

Na nova versão de Chemical Plant, por exemplo, foram incluídas substâncias que transformam a água em gelatina, na qual o herói pode quicar para alcançar locais bem altos. Já em Metallic Madness, Sonic pode saltar em plataformas que o levam até o fundo do cenário, jogando em duas dimensões ao mesmo tempo, o que é bem interessante.

São 26 fases ao todo, divididas em 13 zonas, o que dá uma boa duração total ao game, especialmente porque é preciso, como em todo bom jogo do Sonic, coletar as sete esmeraldas do caos para poder ver o melhor final. Como em Sonic 3, as esmeraldas podem ser obtidas dentro de grandes anéis especiais, que ficam muito bem escondidos nos mapas. É divertido investigar cada canto das fases para encontrá-los, mas os níveis especiais em si não são tão legais assim.

Há dois tipos deles: um é parecido com os de Sonic CD, e consiste em perseguir um UFO enquanto se coleta anéis para ganhar tempo, e bolas azuis para ganhar velocidade. Este é tolerável até. Complicados mesmo são as fases especiais escondidas nos postes de checkpoint, que você acessa ao passar por eles com 30 anéis em mãos. Também tiradas de Sonic 3, essas partes são bem chatas e dá até para ficar tonto jogando. O pior é que há dezenas delas, e elas são necessárias para desbloquear os extras do game. Mas esse é praticamente o único lado negativo de um jogo sob medida tanto para fãs antigos do personagem como para quem simplesmente procura um ótimo jogo de plataforma com uma trilha sonora soberba e jogabilidade eletrizante.

É notório o capricho colocado em cada detalhe de Sonic Mania. Há vários easter eggs muito bem escondidos sobre o passado da SEGA e do personagem, e outras tantas referências bem evidentes. De Sonic 1 até Sonic CD, os melhores jogos do personagem são devidamente homenageados da melhor forma possível: honrando o seu belo legado e, ao mesmo tempo, apontando para novas direções e um futuro promissor. Fica a torcida para que Sonic Mania realmente seja o começo de uma nova e bela linha temporal para o nosso amigo Sonic.

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