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Literatura

Resenha: Star Wars: Marcas da Guerra

O que aconteceu entre O Retorno de Jedi e O Despertar da Força? O Império realmente se despedaçou após a batalha de Endor? Como repercutiu a vitória dos Rebeldes pela galáxia? As respostas para estas e várias outras perguntas estão no novo cânone de Star Wars, e o livro Star Wars: Marcas da Guerra é responsável por responder alguns desses questionamentos.

Não vou mentir: eu sempre quis acompanhar o Universo Expandido de Star Wars, mas nunca tive coragem de cair de cabeça na série. Eram décadas de conteúdo para ler, tanto nas páginas de livros quanto de histórias em quadrinhos, sem contar os diversos jogos pras mais variadas plataformas. Então, embora muita gente tenha chiado quando a Disney adquiriu os direitos da série e anunciou que somente os filmes, a animação The Clone Wars e alguns poucos spin-offs dessa animação seriam aproveitados no novo cânone da franquia, e que todo o restante seria movido para selo “Legends” (consequentemente sendo praticamente descartados), confesso que vi ali uma oportunidade e tanto. Finalmente eu poderia acompanhar a saga de forma completa. E Marcas da Guerra seria o livro por eu começaria essa empreitada.

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Escrito por Chuck Wendig e lançado no Brasil pela Editora Aleph, Marcas da Guerra é o primeiro livro do novo cânone a explorar os acontecimentos entre os Episódios VI e VII da saga. O livro nos apresenta a vários novos personagens, a começar por Norra, uma piloto muito habilidosa que participou ativamente da Batalha de Endor, sobreviveu ao combate e, agora, finalmente retornava pra Akiva, seu planeta, ansiosa pra rever seu filho Temmin depois de três anos longe de casa lutando pela causa rebelde.

Somos apresentados também a Sinjir, um beberrão ex-oficial do Império e a Jas Emari, uma caçadora de recompensas com a missão de exterminar alguns oficiais remanescentes do Império.

Após certos eventos narrados ao longo dos primeiros capítulos do livro, o inusitado quarteto precisa unir forças pra resgatar o renomado piloto Wedge Antilles (sim, AQUELE Wedge Antilles) que foi capturado pela Almirante Rae Sloane, que tem esperanças de se destacar perante o que restou do Império para, quem sabe, subir de ranking e se tornar uma das grandes figuras imperiais quando a ordem for restaurada e os rebeldes postos para correr.

Um dos melhores pilotos dos Rebeldes, Wedge Antilles volta em Marcas da Guerra
Um dos melhores pilotos dos Rebeldes, Wedge Antilles volta em Marcas da Guerra

Mas e aí, o livro presta?

Sim, Marcas da Guerra cumpre muito bem a tarefa de estabelecer uma nova continuidade pros eventos pós-Episódio VI.

A começar pela narrativa, que vai pulando de personagem pra personagem, de acontecimento pra acontecimento, relatando trechos da aventura em um estilo de escrita que realmente te põe na pele dos personagens, enxergando através de seus olhos. E é dessa forma que o livro nos leva não só à aventura central, que se desenrola em Akiva, mas também a planetas como Naboo, Coruscant e até Jakku, o planeta desértico onde Rey passou a maior parte de sua vida, como vimos em O Despertar da Força.

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Ao longo das mais de 400 páginas de Marcas da Guerra, também vemos a participação de figuras ilustres, como o General Ackbar e Mon Mothma, além da participação especial de uma das duplas mais adoradas de toda a série. Isso é bacana porque ajuda a passar a ideia de que os fatos do livro estão mesmo acontecendo no mundo de Star Wars, e que a turma consagrada dos filmes tá na ativa realizando missões por aí.

A história que se desenrola em Akiva é bastante interessante, e embora um ou outro ponto não consiga realmente alcançar o patamar emocional claramente desejado, no geral o saldo da trama é positivo e dificilmente a leitura se torna arrastada.

Se assim como eu você quer aproveitar a oportunidade de explorar o novo cânone e não sabe bem por onde começar, fica a recomendação: leia Marcas da Guerra.

O livro cumpre muito bem a tarefa de contextualizar o novo universo da saga após os eventos de o Retorno de Jedi enquanto prepara o terreno para o que rolou em O Despertar da Força, o primeiro filme da série produzido pela Disney e responsável por quebrar uma porção de recordes de bilheteria, o que ainda vem por aí na saga da galáxia muito, muito distante.

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Star Wars: Marcas da Guerra – Nota: 4/5

Autor: Chuck Wendig
Editora: Aleph

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