Mega Man Legacy Collection 2 é a coletânea de games da Capcom que reúne as aventuras Mega Man 7, Mega Man 8, Mega Man 9 e Mega Man 10, o que completa todos os jogos numerados da série disponíveis até agora. Ou seja, é o aquecimento perfeito para esperarmos Mega Man 11, que sai ainda em 2018!
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Essa coleção caprichada já contava com versões para PC (steam), PlayStation 4 e Xbox One, mas foi relançada em nova edição para o Nintendo Switch. Se considerarmos as vantagens de portabilidade que o console híbrido da Big N proporciona, não seria absurdo algum afirmar que essa é a melhor forma de jogar Mega Man Legacy Collection 2!
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As leis da robótica
Ajuda bastante que os games clássicos do Mega Man tenham aquela estrutura icônica de oito mestres robóticos espalhados por fases curtas e bem azeitadas. O esqueminha de vencer os chefes e então pegar suas armas e usá-las para derrubar outros mestres é de lei na série, e envelheceu perfeitamente. Até porque esse tipo de jogo casa perfeitamente tanto com breves jogatinas a caminho de casa como com maratonas no conforto do sofá, se desafiando nas campanhas principais e nas dezenas de desafios bônus presentes no game.
Se você pegou os jogos na época de seu lançamento, deve lembrar que tanto Mega Man 9 como Mega Man 10 já contavam com um sistema integrado de desafios, que consistiam em fases únicas com armadilhas próprias e também time attacks situados dentro das fases normais do game.
Tudo isso está de volta, mas a Capcom também acrescentou desafios exclusivos da versão Legacy para quem curte competir em placares de liderança online. Todo jogo conta com pelo menos 10 desafios próprios, que premiam o seu desempenho com troféus de bronze, prata ou ouro. É bem legal se desafiar a escalar o ranking, e isso traz novos desafios até para quem, como eu, já sabe os jogos de cor.
Passado glorioso justamente celebrado
Dizer que Mega Man Legacy Collection 2 é uma verdadeira aula de história sobre a série não seria exagero algum já que, diferente da Collection anterior, aqui é possível admirar todos os diferentes estilos artísticos, de design e gameplay que passaram pela série original ao longo das gerações, explorando os diferentes motores gráficos e de gameplay que a Capcom desenvolveu para cada era.
Mega Man 7 (de 1995, no Super Nintendo) é um jogo de ritmo único, com bonecos grandões e visual cartunesco com ar de anime. Como os modelos de personagens ocupam bastante espaço, o jeito de saltar e atacar ganha uma cadência sem igual, o que acabou dividindo bastante os fãs na época. Meu único problema real com ele é que algumas partes, especialmente a introdução, são lentas até demais.
Mega Man 8 (de 1997, para SEGA Saturn e PlayStation 1) foi ainda mais longe na ideia de dar um ar de anime ao game, e conta com vozes dubladas e sequências animadas ajudando a contar a história. Infelizmente a dublagem japonesa, bem superior, ficou de fora da versão americana para Switch. É aqui que temos o que talvez seja a arma mais bizarra e legal da série, uma bola e futebol que causa um belo estrago nos inimigos! Só sinto falta da trilha sonora marcante dos outros games da série.
Já Mega Man 9 (de 2008) e Mega Man 10 (2010), ambos para Nintendo Wii, PlayStation 3 e Xbox 360, destacam-se pela ousadia de levar a série à uma “retro-evolução”. A ideia desses games, feitos em parceria com a Inti Creates, era recriar a mesma sensação e desafios do clássico Mega Man 2, um dos mais celebrados da série.
Com isso, o time de desenvolvimento aboliu movimentos como o dash e o Mega Buster com tiros carregados, e levou o robôzinho azulado de volta às suas origens, focando o gameplay em saltos precisos e bastante memorização de padrões. Como fã dos primeiros jogos, eu adorei isso, especialmente pela possibilidade de jogar uma campanha controlando o Proto Man, que eu sempre achei o visual mais legal da franquia inteira.
Uma noite no museu
Já que eu falei em aula de história, vale lembrar que nenhuma viagem pelas nossas memórias estaria completa sem um museu de respeito. Ainda bem que esta coletânea traz centenas de artes conceituais, esboços e scans dos heróis e vilões, além de uma biblioteca sonora com todas as músicas dos games!
Mega Man é uma das minhas séries favoritas da vida, e é sempre ótimo ver o personagem ser tratado com a devida reverência. Eu realmente gostaria que a Capcom tivesse reunido as Collection 1 e 2 em um cartucho único mas, fora esse problema de logística — e um estranho detalhe técnico: não dá para consultar mais que quatro placares de liderança em sequência dentro dos desafios, pois o jogo pede para você esperar um pouco até a próxima consulta. Vai entender? —, o pacote é recomendado a qualquer um que ame os jogos originais ou queira descobrir o que fez tanta gente se apaixonar pela série nas décadas passadas. E que venha o Mega Man 11!
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