Pra começo de conversa, é a primeira vez que testo um game que ainda não foi lançado e isso, por si só, já me fez entrar no clima de ser um dos Conquistadores de Kolhar desbravando uma terra inóspita. Com lançamento previsto para o dia 21 de agosto, Heroes & Legends: Conquerors of Kolhar é um híbrido de RPG de ação e game de estratégia, o que já me agrada bastante.

CONHEÇA OS HERÓIS

A aventura começa da seguinte forma: Em um intervalo indeterminado de séculos, um grande mal vem assolar as terras de Kolhar, trazendo o caos e a destruição. 177 anos após o último ataque, acredita-se que apenas o Amuleto dos Ancestrais pode salvar a humanidade do fim, cabendo a três bravos guerreiros (inicialmente, já que outros personagens juntam-se ao grupo conforme a história se desenvolve) a missão de salvar o mundo: Benedict, o arrogante Mago do grupo; Allen, o Paladino que lidera a equipe e Yaha, uma lutadora bonita e habilidosa.

Conforme você avança nas missões, a história vai se desenrolando em uma trama com traições e complicadores que podem comprometer o destino do reino de Kolhar. E aí, só jogando para descobrir como isso se desenvolve.

EU TE ATACO, TU ME ATACAS

O jogo em si se desenvolve da seguinte forma: você vê um mapa de Kolhar e escolhe entre os pontos disponíveis, qual missão deseja enfrentar. Uma vez que a batalha começa, você se vê dentro de uma grande sequência de batalhas baseada em turnos, com uma barra de tempo para cada ataque, todos feitos de forma automática. Seus três guerreiros entram em combate com os inimigos e atacam aquele que estiver imediatamente à sua frente. Você pode fazer uso de skills (de começo, três para cada personagem, podendo chegar a cinco) para ter ataques mais poderosos, dar buff aos seus aliados ou atrapalhar a vida dos adversários. Após o uso de uma skill, leva-se um tempo até que ela esteja disponível para uso novamente, sem nenhum medidor de MP. Conforme vence cada leva de inimigos, você recebe pontos de experiência e pode ganhar ítens para melhorar seus atributos.

Apenas com uma olhada rápida nos personagens, fica claro que cada um dos heróis tem seus pontos fortes e fracos, mesmo se você não está familiarizado com o universo dos RPGs: o mago tem ataques poderosos, mas é frágil; o paladino tem a maior resistência e a guerreira, grande agilidade. Logo, conforme for ganhando níveis, é bom ter em mente os principais atributos de cada personagem para não gastar pontos de forma inconsistente.

Além das missões, surgem eventos e quests paralelas a todo momento, sendo os eventos randômicos, no melhor estilo “Sorte ou revés”. As quests caracterizam-se em missões sem ligação direta com a trama. Você também pode, entre um quebra-pau e outro, forjar novos equipamentos, reciclar o que recebe das missões para obter matérias-primas para melhorar seus personagens ou fazer upgrade de sua armadura. Esse tipo de personalização enriquece a experiência.

O VEREDITO

Como o jogo ainda não foi lançado, acreditamos que alguns pontos ainda possam ser corrigidos ou melhorados. Sentimos falta de uma variedade maior de músicas e efeitos sonoros para melhorar a sensação de imersão. Como tudo se resume aos combates, ouvir a mesma música muitas vezes seguidas acaba cansando. De começo, a interface do game parece confusa e pouco intuitiva, principalmente por ser baseada em ícones; o que melhora com o tempo. As animações em si também são bastante simples, mas isso não é bem um defeito, já que se encaixa com a proposta do game.

Heroes & Legends: Conquerors of Kolhar é divertido e ajuda a passar o tempo. Tem um quê de Hearthstone e Magic The Gathering que te prende, mas não redefine sua vida como jogador. Essa diversão descompromissada nos pareceu ser a principal proposta do jogo e, se estivermos certos, vale a pena passar um tempinho em Kolhar.

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