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Hands-On: Destiny é ambicioso e promete revitalizar o gênero FPS

Sendo um dos jogos mais antecipados da nova geração e com um orçamento absurdamente alto, que segundo rumores beira a bagatela de 500 milhões de dólares, Destiny é a primeira grande empreitada da Bungie desde que deixou a Microsoft e decidiu se dedicar ao mercado multiplataforma. No mês passado, fui presenteado pela Sony com um código de acesso para o PlayStation 4 com o qual pude testar a versão Alpha deste shooter massivo. Após o teste, pude perceber que, apesar de ainda carregar muitas características das aventuras de Master Chief, Destiny consegue se diferenciar e empolgar bastante.

 

Criando seu guardião

Vale falar, especialmente para quem estava vivendo em uma caverna desde a E3 do ano passado, que Destiny é um shooter online e futurista com um mundo massivo em que jogadores devem unir as forças para enfrentar uma ameaça alienígena que deseja exterminar toda a raça humana, ou pelo menos o que sobrou dela. Espalhados por diversos planetas, os seres humanos tentam reconstruir sua civilização após um misterioso evento conhecido apenas como “O Colapso”, que quase levou a raça à extinção. A única esperança de sobrevivência para nós, pobres mortais, é um grupo de guardiões que têm a tarefa de defender a todo custo o que sobrou de nossa civilização.

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Sem mais delongas, a versão Alpha do jogo me permitiu criar um personagem para desbravar o que sobrou de nosso planeta, mais especificamente da Rússia, e por aí já pude perceber que a customização será algo fundamental no título. Com três raças disponíveis, sendo elas os próprios humanos, os Awoken (que segundo a Bungie deveriam lembrar elfos,e até que lembram mesmo) e os Exo (que lembram bastante seres macabros como zumbis ou vampiros) o jogo permite que o jogador decida desde a aparência física até as habilidades de seu avatar, de forma parecida com os RPGs ocidentais.

Decidi criar um Awoken ‒ afinal, fã de Zelda tenta achar Zelda até em Gears of War ‒ e não me arrependi do que fiz, já que meu personagem era capaz de usar poderes muito interessantes se comparados aos dos humanos, por exemplo. Logo após confirmar todas as configurações do meu guerreiro sem nome e constatar que ele mais parecia o Coringa versão sci-fi do que um salvador da galáxia, fui levado a uma cidade que provavelmente será o ponto de encontro de jogadores e a base dos heróis.

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Preparação para a jornada

A base dos humanos, também conhecida como The Capital, além de ser o local em que os jogadores se encontram, também serve para comprar novos equipamentos e armas e, aparentemente, iniciar as missões principais da aventura (que promete ser recheada de side-quests). O mais curioso desta parte é que, apesar da ação ser completamente em primeira pessoa, o controle do personagem na capital acontece em terceira pessoa. Provavelmente essa decisão da Bungie se deu pelo fato de que assim é possível ver o visual de seu personagem com a mudança de equipamentos, que não fazem diferença apenas nas habilidades, mas também no visual dos guerreiros.

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A caçada por vândalos e bruxas

Após receber alguns equipamentos, parti para o planeta Terra (único disponível no Alpha) ao lado de um amigo que também recebeu o código em busca de completar a primeira missão do jogo. Completamente em português, o jogo dizia que o objetivo era localizar e assassinar um vândalo que rondava os belos campos da Rússia e juntava uma resistência alienígena em torno de si. Assim como em quase todo FPS, o caminho para o objetivo era indicado o tempo todo, o que não nos impediu de explorar bastante os cenários para encontrar itens e inimigos para abater. Mesmo sendo uma versão preliminar, o título já apresenta um visual bastante detalhado, principalmente nos efeitos de luz, que são muito realistas. Os cenários pelos quais passei também eram muito amplos e cheios de caminhos e detalhes, o que tornou a exploração muito interessante.

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Após uma extensa busca, com hordas de inimigos para enfrentar, encontramos o vândalo e o eliminamos em uma batalha épica, cheia de poderes especiais e tiros de armas futuristas. Assim como na franquia Halo, os alienígenas adoram resmungar, e possuem vozes ora engraçadas, ora assustadoras, remetendo diretamente aos inimigos enfrentados por Master Chief. Ao final da batalha, descobri que o jogo ainda conta com um sistema de níveis, e que novas habilidades podem ser aprendidas, o que aumenta ainda mais a variedade de ataques e a possibilidade de criação de novas estratégias de combate. Falando nisso, se engana quem pensa que Destiny é apenas mais um FPS, já que magias e diversos itens muito criativos chegam a ser muito mais importantes do que as armas de fogo.

Com o primeiro desafio superado, partimos para nossa segunda missão, que consistia em localizar e eliminar uma bruxa que estava trazendo mais alienígenas para a Terra. E aí sim o desafio começou de verdade! No caminho para a inimiga, fomos surpreendidos por um evento aleatório que, como prometido pela Bungie, serve para tornar a experiência única para cada jogador. No caso, tivemos que enfrentar um gigantesco tanque de guerra cercado por drones muito fortes. Perdemos a luta por dois motivos: primeiro por ainda estarmos nos acostumando com a jogabilidade, e depois porque o tanque era muito mais forte do que nossos soldados, que ainda estavam no nível dois. Mesmo com a derrota, a experiência foi interessante e deixou a impressão de que o jogo será capaz de surpreender os jogadores com batalhas épicas repentinas.

Ao encontrarmos a bruxa, que levitava por um cenário fechado, iniciamos uma batalha memorável em que a utilização de estratégia era essencial. A vilã não poupava seu poder, lançava ataques de fogo poderosos e chamava mais inimigos o tempo todo. Após mais de dez minutos, algumas vidas e um show de magias que deixaria Harry Potter e Lord Voldemort com inveja, derrotamos a bruxa e percebemos que Destiny poderá ser muito mais do que um simples jogo de tiro cooperativo. Depois da batalha ainda era possível vasculhar o planeta em busca de missões paralelas que dessem mais experiência para os nossos personagens. Infelizmente não havia mais missões da campanha do jogo.

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Início promissor

Destiny pode não ser uma revolução, mas certamente será um grande jogo para aqueles que gostam de aventuras cooperativas. Com um universo massivo para explorar, diversas opções de customização e uma jogabilidade que vai muito além de apenas andar e atirar, o título da Bungie pode ser considerado uma mistura entre Mass Effect, Halo e Dragon Age, mas com alma própria e características marcantes o bastante para diferenciá-lo no mercado. A única certeza que tive ao final da experiência é a de que não há hora melhor para querer salvar a humanidade de alienígenas.

 

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Destiny

Desenvolvimento: Bungie
Plataformas: PlayStation 4, Xbox One, PlayStation 3 e Xbox 360[/infobox]

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