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Fotógrafo de guerra utilizou Photo Mode para criar novas imagens de The Last of Us Remastered

A versão remasterizada de The Last of Us, lançada para o PS4, possui um modo no qual os jogadores podem editar imagens congeladas do gameplay. O uso do novo recurso permite ter uma noção do trabalho dos fotógrafos de guerra: colocar suas vidas em risco na vida real para documentar as casualidades e consequências de um conflito armado.

O site Polygon divulgou hoje o trabalho realizado por Ashley Gilbertson, fotógrafo de guerra, no Photo Mode de The Last of Us Remastered. O fotógrafo documenta os conflitos da guerra no Iraque e no Afeganistão para as revistas The New Yorker e The New York Times Magazine, entre outras.

The Last of Usª Remastered_20140904153950

Gilbertson adorou o conceito, e mergulhou na captura das melhores imagens das cenas e estágios do jogo. Mas logo o fotógrafo ficou admirado com a experiência, não apenas por precisar combater inimigos para seguir seu caminho, mas também pela violência gráfica proporcionada pelo game.

Depois de um tempo jogando, me toquei que estava tendo reações fortes às minhas lembranças como o protagonista. Eu não gostei. Quando eu cobri a guerra real, eu o fiz com uma câmera, não com uma arma. Em casa, eu jogaria por 30 minutos antes de sentir nós no estômago, de minha visão embaçar, e depois, de eu simplesmente parar de jogar. Foi como se essa fosse a última contribuição que fiz em meu trabalho. Parece extremo, mas sou assim.

Por isso, Gilbertson levou o jogo para o escritório da Time para que alguém jogasse por ele, para depois ele utilizar o Photo Mode.

Foi quando consegui fazer imagens melhores — a experiência parece uma incorporação real, com alguém lutando e eu fotografando.

The Last of Usª Remastered_20140905150653

O fotógrafo ainda afirmou que a experiência de usar o Photo Mode acabou sendo bem diferente do seu método típico de fotografar as zonas bélicas. O jogo lhe permitiu parar o tempo e trabalhar com a imagem congelada para produzir a imagem perfeita. Mas não é assim que funciona na vida real, e imagens perfeitas não são o tipo de imagem que Gilbertson gosta de criar.

Precisei fazer as capturas imperfeitas porque acredito que imperfeições fazem a fotografia ser algo humano. Em propagandas, as coisas são perfeitas. No jornalismo, sempre tem algo faltando. O que as pessoas vêem são fraquezas visuais em nosso trabalho, mas eu vejo como parte do que fazemos.

A galeria de imagens do fotógrafo pode ser acessada aqui.

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