Quando a Rocketcat Games lançou Death Road to Canada nos computadores em 2016, não poderia imaginar, nem eu seus sonhos mais otimistas, o tamanho do sucesso que o jogo alcançaria! Ele foi abraçado pela comunidade e logo surgiram toneladas de streamers dispostos a desbravar as ardilosas estradas do game.
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Com muita propaganda boca a boca e reviews favoráveis, era apenas uma questão de tempo até que o jogo alçasse voos mais altos e chegasse também aos consoles de mesa. Assim, em 2018 o jogo chegou ao Nintendo Switch, Xbox One e PlayStation 4 (console que utilizamos em nosso teste).
Quantas estradas um homem deve caminhar?
Como tantos outros indies aclamados, Death Road to Canada é um roguelike, ou seja, a cada partida você encontrará desafios diferentes, o que mantém aquele sentimento de novidade e desafio mesmo após muitas horas de jogo. O título do game já deixa bem claro, mas o seu objetivo é conseguir levar o herói e até outros três sobreviventes até o fim da longa estrada para o Canadá. Mas por que eles querem tanto assim chegar lá? Oras, porque o Canadá é o lugar mais seguro do mundo para se proteger do apocalipse zumbi que devastou todos os Estados Unidos!
Embora Death Road to Canada seja um jogo de ação na maior parte do tempo, também há boas doses de RPG aqui e ali para temperar a aventura. Nos segmentos mais movimentados, seu herói precisa usar todas as armas que encontrar para investigar o mapa a fundo e colher recursos que facilitam a sua jornada. É preciso ficar de olho especialmente nos alimentos e combustível: a comida serve para manter a moral dos seus personagens em alta, e também para ser usada como moeda de troca no comércio local.
Já o combustível, como você deve ter imaginado, é o que mantém o seu carro em movimento e agiliza a jornada pela estrada. Ficar sem combustível não gera um game over imediato, mas significa perrengues bem pesados para a trupe, de forma que encontrar um novo carro vira a prioridade máxima das missões. Com isso, o tempo inteiro de campanha o jogador fica preocupado em coletar e gerenciar os seus recursos com a maior eficiência possível, pois isso é o que realmente dita se você vai ou não conseguir zerar o jogo.
Chame os amigos e pé na tábua
Não que a ação seja sem graça ou moleza, pelo contrário! Volta e meia surgem fases de exploração por ambientes escuros e claustrofóbicos, ou mesmo cenários em que é preciso esperar por um determinado tempo apenas lutando contra ondas e mais ondas de zumbis. Quanto mais você progride no game, mais fortes ficam os rivais. Mas anime-se! Armas melhores também são obtidas no processo.
O mais legal é que cada personagem de seu grupo possui suas próprias forças e fraquezas, que podem ser customizadas em toneladas de combinações diferentes. Por exemplo, há heróis que mandam bem no combate corpo a corpo, mas não sabem atirar. Enquanto isso, outros são exímios atiradores, mas não possuem fôlego o bastante para usar bem armas brancas.
Como cereja do bolo, Death Road to Canada ainda permite que você crie os personagens como quiser, copiando os nomes e visuais de seus amigos no mundo real, o que torna tudo mais imersivo e divertido. Ao fim de cada campanha, você pode usar os pontos obtidos para desenvolver melhorias nos seus atributos e, assim, facilitar um pouco mais a próxima viagem.
Com gráficos bem pensados, um ótimo design de fases e trilha sonora empolgante, cada tentativa de chegar ao Canadá é certeza de muita tensão, adrenalina e risadas. Quem curte roguelikes com camadas de RPG deveria embarcar agora mesmo nessa viagem!
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