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The Crew Wild Run é uma expansão que ajuda, mas não faz milagre

Lançado originalmente no final de 2014, The Crew chegou com uma proposta bem promissora: ser o jogo de corrida definitivo ao oferecer partidas online em um mundo aberto que, wow, reproduzia de maneira bastante fiel diversas cidades dos Estados Unidos. Não, melhor ainda, prometia mesmo era permitir aos jogadores percorrer os EUA de uma ponta à outra sem loadings. Sim, sem loadings! Se “promessa” realmente for “dívida”, a Ubisoft e a produtora Ivory tower não ficaram devendo muito.

Afinal, a produtora realmente entregou um game de corrida com mundo aberto, partidas online e um mapa bem bacana dos EUA. O problema mesmo ficou foi na execução da ideia. E aí o projeto realmente deixou a desejar. Após seu lançamento, The Crew foi alvo de fortes críticas tanto a mídia especializada quanto do público consumidor, então o senso comum dizia que o projeto acabava ali. Ledo engano.

Em julho do ano passado, durante a E3, a Ubisoft anunciou Wild Run, uma expansão de The Crew que prometia corrigir diversos dos problemas apontados pelos críticos e no final de 2015 a atualização estava disponível. E realmente muita coisa mudou pra melhor!

 

Quase tudo novo

Ao começar a jogar The Crew Wild Run, a sensação era a de estar jogando um novo jogo da franquia em um console de nova geração. Sim, porque a primeira versão do game não fazia jus ao poderio gráfico do PS4 e do Xbox One, por exemplo. Ver o jogo rodando com o visual mais caprichado, com texturas em maior qualidade e efeitos de luz muito mais realistas foi uma experiência e tanto.

Além das melhorias visuais, Wild Run traz ainda diversas novidades. Foram adicionadas motocicletas e três novos tipos de carros correspondentes a novos modos de jogo: os dragsters, projetados para atingir velocidades incríveis em disputas de velocidade; drift cars, que permitem controle acima da média e são usados nas competições de derrapagem; e os imparáveis monsters trucks, capazes de fazer manobras aéreas insanas e usados em pistas repletas de obstáculos. O grande destaque, como esperado são os monster trucks, mas as velozes motocas também foram uma adição e tanto.

Uma das novidades mais legais de The Crew Wild Run são os monster trucks
Uma das novidades mais legais de The Crew Wild Run são os monster trucks

Também vale ressaltar que o jogo agora conta com um novo sistema de mudança climática. Ok, não é exatamente o melhor sistema do tipo, mas já é alguma coisa. Agora você vez ou outra vai se deparar com uma chuva aqui e ali, que mudam um pouco o visual dos cenários mas não é nada muito fenomenal. O ponto positivo é que a pista molhada agora oferece mudanças no gameplay, já que o carro agora derrapa mais facilmente. Temporal mesmo você só vai encontrar nas disputas de derrapagem, já que a mudança no clima favorece bastante esse modo de jogo.

Mas a grande novidade mesmo fica por conta da competição The Summit. Aqui a ação se desenrola online e tem duração de um mês, contando com cerca de seis etapas semanais nas quais os jogadores devem competir entre si por melhores posições nas tabelas de pontuação. A ideia é ser o melhor no final da competição, é claro. É aqui que os novos modos de jogo brilham, então prepare-se para se divertir bastante com muitas derrapagens e corridas de obstáculos.

 

Bem melhor, mas ainda aquém

A expansão de The Crew realmente deu um novo sopro de vida ao game. Antes apenas uma boa ideia mal executada, o título agora passou a ser um jogo de corrida em mundo aberto divertido com modos de jogo bacanas. As melhorias visuais deram realmente um belo upgrade no jogo, que agora tem mesmo cara de um jogo geração atual, mas o promissor sistema de clima ficou bem abaixo do esperado.

Durante uma forte chuva, por exemplo, transeuntes permanecem com suas rotinas sem se importar em se molhar, por exemplo. O efeito da chuva em si também não é dos mais bonitos, e nem o som da chuva o mais realista, mas ainda assim só o fato de ter diferenças climáticas já ajuda a dar um pouco mais dinâmica ao título.

Agora também é possível utilizar motocicletas em The Crew
Agora também é possível utilizar motocicletas em The Crew

Algo que chega a ser engraçado é a forma como funcionam os acidentes automobilísticos. Com a adição das motocicletas, uma batida em alta velocidade entre um carro e uma moto não faz o piloto da motoca ser arremessado à distância. O efeito é um pouco hilário se você não for muito exigente.

O problema de Wild Run é justamente a base de The Crew. O jogo ainda tem sérios problemas de conexão com outros jogadores (encontrar alguém é um verdadeiro teste de paciência), a interface do game não é exatamente amigável e intuitiva e o mundo aberto simulando as ruas dos Estados Unidos continua se mostrando frio e muito artificial. Apesar dos esforços da produtora, ainda falta vida em The Crew Wild Run.

De qualquer forma, é louvável a tentativa da Ivory Tower de transformar The Crew em um grande jogo. E, de certa forma, esse objetivo até chega a ser cumprido. Afinal, as tão bem vindas mudanças fazem com que The Crew ressurja das sombras com nova física, visuais muito mais belos e modos de jogo divertidos o suficiente para garantirem algumas boas horas de curtição.

Se em 2014 você confiou que The Crew seria a experiência definitiva de corrida em mundo aberto, não se iluda: Wild Run não é o melhor jogo do gênero de corrida disponível no mercado. Mas, sim, a expansão deixou o jogo melhor e mais divertido, além de ter corrigido alguns probleminhas. Então talvez seja interessante desembolsar uma graninha e garantir a DLC, que quase proporciona uma experiência diferente daquela oferecida mais de um ano atrás.

The Crew Wild Run — Nota 3,5/5

Desenvolvedora: Ivory Tower
Plataformas: PlayStation 4, Xbox One, PC
Plataforma utilizada na análise: Xbox One

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