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Em seu primeiro episódio, Hitman te mostra como acabar com um evento em Paris

A vida de um assassino não é nada fácil. É preciso ficar ligado em tudo o que acontece ao seu redor, perceber a movimentação de guardas, evitar contato visual com outras pessoas e sacar a rotina do seu alvo para, na melhor oportunidade, executá-lo.

É assim que funciona na vida do famoso Agente 47, o protagonista dos jogos da série Hitman. E, na mais recente versão do jogo, desenvolvida pela IO Interactive, publicado pela Square Enix e lançado no dia 11 de março de 2016, todas as dificuldades e possibilidades proporcionadas pela vida de assassino continuam tendo papel vital. Ou mortal. Ah, você entendeu.

 

A assassino da gravata vermelha

Como já é sabido, o Agente 47 tem um longo caminho no mundo do assassinato, sendo um dos melhores do ramo. Mas neste sexto jogo da série, lançado em formato episódico e batizado apenas como Hitman mesmo, as coisas começam um pouco diferentes. Neste primeiro episódio, o protagonista está iniciando sua jornada dentro da agência responsável pelos assassinos conhecidos como Hitman, contratados para matar alvos determinados pelos seus clientes.

Ou seja, você terá que jogar o treinamento e o teste para ser aprovado e entrar oficialmente no ramo do assassinato, o que é bem bacana de se ver. Já estamos acostumados a ver o 47 distribuindo tiros certeiros por aí, mas será que o cara já era tão bom assim no começo de carreira? É justamente isso o que acompanhamos neste episódio, que funciona como um prequel para a série (embora os próximos capítulos, ainda a serem liberados, funcionem como sequências dos fatos vistos em Hitman: Absolution).

Antes de falarmos das fases apresentadas nessa primeira parte do jogo, vale observar que, pela história, percebemos que o Agente 47 já é um assassino nato, com habilidades sem comparação e uma coisa que o líder da agência já não gosta nele: o cara não possui nenhum ponto fraco, coisa que o chefão considera importantíssimo na contratação de novos agentes — já que, se as coisas saírem do controle, eles conseguem contornar a situação com a fraqueza de cada assassino.

Com isso em mente, a gente já tem a noção de como o nosso personagem é foda pra caramba, e ele é o bonzão até o momento que você pega o controle. Porque, depois disso, tudo o que acontece é consequência de decisões e ações do jogador.

 

Um mundo de possibilidades

A primeira parte do jogo conta com 3 fases diferentes: a primeira funciona como um tutorial; a fase seguinte é o teste final da agência, no qual seu objetivo é assassinar um espião russo; e, por fim, sua última missão é em Paris, onde você precisa assassinar dois alvos em um evento de moda (lançado pelos próprios alvos).

Como já era de se esperar, Hitman tem um leque bacana de possibilidades, e você pode optar por uma delas para completar seu objetivo. Quer matar os seus alvos afogados? Sem problemas, envenene-os e afogue-os na privada. Não gostou dessa opção? Que tal uma “morte acidental”? Empurre os alvos de sacadas, faça objetos pesados cair em cima deles e por aí vai. Tudo é possível para completar seu objetivo, até mesmo ser brutão e ir atirando em todos em seu caminho até assassinar o alvo e fugir do local.

Como dito anteriormente, o Agente 47 é foda “no papel”. Afinal, se você toma decisões erradas ou até mesmo erra no timing da execução de suas ações, você pode comprometer a missão toda. E isso faz o personagem não parecer tão fodão como dizem por ai, não é? Nas minhas jogatinas, já afoguei alvos, fiz mortes acidentais e saí atirando para chegar até o alvo e, confesso, ainda existe um mar de possibilidades a serem utilizadas nas próximas mortes. E o melhor: o jogo não tem loading durante as missões!

Algo que precisa ser destacada é que o novo Hitman está parecendo bem fácil até agora. É claro que, se você invadir um local para assassinar os alvos, você não é bem-vindo, então qualquer um que tiver você em vista vai começar a atirar em você. Mas há formas de evitar ser visto e fuzilado, como os disfarces. Nocauteie algum guarda, ou até mesmo alguém que trabalha no cenário e roube suas roupas para se passar por um funcionário e ter acesso a áreas que não eram acessíveis anteriormente. Mas é bom ter bastante atenção, porque se você for pego fazendo algo suspeito, ou até mesmo visto por guardas que conhecem todos os demais empregados, o disfarce passa a ser inútil e você não poderá utilizar mais aquela roupa na missão.

 

Alguns probleminhas

Por mais incrível que o jogo possa parecer até o momento, algumas coisas me deixaram decepcionado. A começar pelos gráficos: os personagens estão incrivelmente modelados, os cenários estão muito bonitos, mas logo na primeira tela, aquele helicóptero se destacou por estar abaixo da qualidade gráfica apresentada pelos seus arredores. Um tanto estranho, confesso, mas alguns detalhes durante o jogo que também fazem parte desse grupo indesejável de itens com texturas pouco caprichadas que, com certeza, destoam do resto do game. Isso, para um grande jogo como Hitman, é uma coisa bem chata de ver.

Outro ponto que vale ressaltar é que o jogo foi lançado em formato episódico. Ou seja: você, agora, tem acesso à primeira parte da história… mas precisa esperar algum tempo até a produtora liberar os próximos episódios. Essa é uma estratégia que vem sendo utilizada já há algum tempo, e games como os da Telltalle (como os ótimos The Walking Dead e Game of Thrones) e, mais recentemente, Resident Evil: Revelations 2 da Capcom, são bons exemplos de títulos lançados nesse formato. É discutível se essa é ou não a melhor forma de se lançar um jogo, principalmente em tempos em que há tanto burburinho sobre o lançamento de jogos “incompletos”.

Eu, particularmente, desaprovo esse formato, prefiro poder curtir o jogo de uma ponta à outra no meu tempo, e detesto ter de esperar dias, semanas, para poder continuar minha aventura. Então, se você é como eu, fica a dica: aguarde sair o jogo completo. Assim você terá diversão do começo ao fim, sem ter que esperar até sair o próximo capítulo dessa novela gamer. Agora, se você não se importa de esperar, vai fundo! Você provavelmente não vai se arrepender!

No mais, Hitman é um jogo incrível, fazendo jus ao seu nome e peso que carrega após todos esses anos como sendo um dos grandes destaques dos títulos de ação furtiva existentes hoje no mercado.

Hitman – Nota 3,5/5

Produtora: IO Interactive
Publicadora: Square Enix
Plataformas: PlayStation 4, Xbox One, Windows PC
Plataforma utilizada na análise: PlayStation 4

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